
Quem precisa ir para Cabedelo ou vem do Centro de João Pessoa para a comunidade precisa exercer a paciência e, em muitas vezes, arriscar a própria vida. Em horários de picos - no início e fim da manhã, além do final da tarde -, a situação se agrava e é difícil encontrar espaço em meio à pressa dos motoristas. "A lombada eletrônica melhorava um pouco. É difícil os carros respeitarem, ainda mais por ser uma BR. Mas não é ruim só para a gente, há muitas colisões entre veículos também nessa área", relata José Arcanjo, comerciante com um ponto de venda na entrada da comunidade.
O exercício de paciência em esperar que os carros cedam a vez aos pedestres na faixa nem sempre é exercido por quem precisa cruzar a BR. A reportagem do O NORTE flagrou pedestres tentando cruzar a rodovia federal mesmo sem o consentimento dos condutores. O fato é confirmado pela moradora há mais de 20 anos do local, a aposentada Maria José dos Santos. "Os carros passam aqui em alta velocidade e nem sempre estender a mão é garantia de que eles vão parar. Muitos não esperam eles pararem e se arriscam atravessando", diz a aposentada. Os moradores acreditam que o redutor de velocidade eletrônica facilitaria não só a vida dos pedestres como poderia diminuir as colisões entre veículos.
Além dos problemas com a velocidade dos condutores no local, esperar ônibus também tem se tornado um problema para os moradores. A única parada para coletivos nas imediações da Comunidade - no sentido Cabedelo-Centro -, não possuem abrigo. Em dias chuvosos, como ontem, mais um transtorno para os moradores. "Não é só em dias de chuva que isso prejudica, em dias de sol forte também incomoda. Essa parada já tem estrutura para abrigos, mas nada é feito", revela a estudante Francisca Cordeiro.
Luiz Carlos Lima
Fonte: O norte.